The Dreamer...

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Florianópolis, Santa Catarina, Brazil
“Quem é você?”, perguntou a Lagarta. Não era uma maneira encorajadora de iniciar uma conversa. Alice retrucou, bastante timidamente: “Eu — eu não sei muito bem, Senhora, no presente momento — pelo menos eu sei quem eu era quando levantei esta manhã, mas acho que tenho mudado muitas vezes desde então. "O que você quer dizer com isso?”, perguntou a Lagarta severamente. “Explique-se!” “Eu não posso explicar-me, eu receio, Senhora”, respondeu Alice, “porque eu não sou eu mesma, vê?” “Eu não vejo”, retomou a Lagarta. “Eu receio que não posso colocar isso mais claramente”, Alice replicou bem polidamente, “porque eu mesma não consigo entender, para começo de conversa, e ter tantos tamanhos diferentes em um dia é muito confuso.” “Não é”, discordou a Lagarta. “Bem, talvez você não ache isso ainda”, Alice afirmou, “mas quando você transformar-se em uma crisálida — você irá algum dia, sabe — e então depois disso em uma borboleta, eu acredito que você irá sentir-se um pouco estranha, não irá?” “Nem um pouco”, disse a Lagarta. “Bem, talvez seus sentimentos possam ser diferentes”, finalizou Alice, “tudo o que eu sei é: é muito estranho para mim.” (Lewis Carroll)

terça-feira, 20 de julho de 2010

Friend`s Day...


Imagem retirada do Google


"Amigos, ainda…


Um dia a maioria de nós irá separar-se.

Sentiremos saudades de todas as conversas

jogadas fora,

das descobertas que fizemos, dos sonhos

que tivemos, dos tantos risos e

momentos que partilhamos.

Saudades até dos momentos de lágrimas, da

angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim…

do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades

continuassem para sempre.

Hoje não tenho mais tanta certeza disso.

Em breve cada um vai para seu lado, seja

pelo destino ou por algum

desentendimento, segue a sua vida.

Talvez continuemos a nos encontrar, quem

sabe…nas cartas que trocaremos.

Podemos falar ao telefone e dizer algumas

tolices…

Aí, os dias vão passar, meses…anos… até

este contacto se tornar

cada vez mais raro.

Vamo-nos perder no tempo….

Um dia os nossos filhos verão as nossas

fotografias e perguntarão:

“Quem são aquelas pessoas?”

Diremos…que eram nossos amigos e……

isso vai doer tanto!

“Foram meus amigos, foi com eles que vivi

tantos bons anos da minha vida!”

A saudade vai apertar bem dentro do peito.

Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes

novamente……

Quando o nosso grupo estiver incompleto…

reunir-nos-emos para um último

adeus de um amigo.

E, entre lágrima abraçar-nos-emos.

Então faremos promessas de nos encontrar

mais vezes daquele dia em diante.

Por fim, cada um vai para o seu lado para

continuar a viver a sua vida,

isolada do passado.

E perder-nos-emos no tempo…..

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde

amigo: não deixes que a vida

passe em branco, e que pequenas

adversidades sejam a causa de grandes

tempestades….

Eu poderia suportar, embora não sem dor,

que tivessem morrido todos os

meus amores, mas enlouqueceria se

morressem todos os meus amigos!"



Fernando Pessoa
 
 

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