The Dreamer...

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Florianópolis, Santa Catarina, Brazil
“Quem é você?”, perguntou a Lagarta. Não era uma maneira encorajadora de iniciar uma conversa. Alice retrucou, bastante timidamente: “Eu — eu não sei muito bem, Senhora, no presente momento — pelo menos eu sei quem eu era quando levantei esta manhã, mas acho que tenho mudado muitas vezes desde então. "O que você quer dizer com isso?”, perguntou a Lagarta severamente. “Explique-se!” “Eu não posso explicar-me, eu receio, Senhora”, respondeu Alice, “porque eu não sou eu mesma, vê?” “Eu não vejo”, retomou a Lagarta. “Eu receio que não posso colocar isso mais claramente”, Alice replicou bem polidamente, “porque eu mesma não consigo entender, para começo de conversa, e ter tantos tamanhos diferentes em um dia é muito confuso.” “Não é”, discordou a Lagarta. “Bem, talvez você não ache isso ainda”, Alice afirmou, “mas quando você transformar-se em uma crisálida — você irá algum dia, sabe — e então depois disso em uma borboleta, eu acredito que você irá sentir-se um pouco estranha, não irá?” “Nem um pouco”, disse a Lagarta. “Bem, talvez seus sentimentos possam ser diferentes”, finalizou Alice, “tudo o que eu sei é: é muito estranho para mim.” (Lewis Carroll)

domingo, 27 de setembro de 2009

...Gostava Tanto de Você...


Gostava Tanto de Você
(Compositor(es): E. Trindade)

Não sei porque você se foi

Quantas saudades eu senti

E de tristezas vou viver

E aquele adeus não pude dar...

Você marcou em minha vida

Viveu, morreu

Na minha história

Chego a ter medo do futuro

E da solidão

Que em minha porta bate...

Eu corro, fujo desta sombra

Em sonho vejo este passado

E na parede do meu quarto

Ainda está o seu retrato

Não quero ver prá não lembrar

Pensei até em me mudar

Lugar qualquer que não exista

O pensamento em você...

E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...
Sem palavras!

domingo, 20 de setembro de 2009

...Do meu Jeito!


"Se o mundo é mesmo parecido com o que vejo
Prefiro acreditar no mundo do meu jeito..."
(Legião Urbana)

domingo, 13 de setembro de 2009

...Alice





Alice abriu os olhos, e percebeu que agora não estava mais lutando com todas as forças para seguir pelo caminho que ela acreditava que tinha que seguir…agora ela caminhava com o vento a lhe afagar as costas…e ao dar uma rápida olhada por sobre os ombros percebeu que o caminho que tentará com tanto esforço seguir não lhe pertencia…tentar esquecer não tinha passado de esforço inútil…e recomeçar ela não poderia se tivesse que virar as costas pro que lhe ia na alma e no coração…


A garotinha inocente tinha nos olhos um riacho, estava exausta de tudo que tentará se convencer até o momento…cansada de lutar com todos os monstros que lhe tinham aparecido…e sentiu-se leve ao sentir novamente a força do vento a lhe tocar a pele impulsionando-a para frente…


Lembrou-se dos seus tropeços, dos erros, e o riacho dos seus olhos começou a transbordar…pior do que perdoar é saber se perdoar…e quem iria acreditar que o caminho que ela tomou tinha sido só no intuito de acertar?…Alice não queria a compreensão do mundo, queria a compreensão de uma única pessoa…e todo o resto ela poderia aguentar…

Com um pouco mais de calma, Alice olha novamente para trás e vê seu torto esforço em tentar recomeçar a todo custo. Olha em frente, e toma uma decisão: não gastará mais seu precioso tempo procurando por um rosto na multidão, um rosto que a faça esquecer tudo que viveu até aqui, que leve embora toda dor e desespero, toda mágoa contida …Ela já não mais acredita que possa existir um outro alguém. E sente que não precisa preencher algo que já há muito tempo estava preenchido.

Alice sabe que desde do início ela nunca foi igual as outras. O desenrolar da sua vida nunca foi igual a das garotas da sua idade. Alice foi sempre a garotinha medrosa que se agarrava aos seus livros e mergulhava no seu próprio mundo, criando suas fantasias e personagens, tentando ao máximo fugir da vida real, enquanto as outras lá foram viviam a própria realidade. E por infelicidade, toda a sua vida discorreu da forma mais inusitada que poderia.

Sim, Alice era a que não sabia correr.
E no fim do seu poço, ou no ápice da sua dor, ela começa a entender um pouco mais a realidade cruel do mundo.A entender as muitas escolhas feitas pelas pessoas, que em muitos momentos aos seus olhos inocentes pareciam inexplicavéis…

Com os olhos embaçados, sem muito enxergar o que lhe vem a frente, o coração na mão…Alice segue com o vento as suas costas…mas sem fazer esforço algum…e se simplesmente ele para de sobrar…Alice senta-se e aprecia cada corte; cada cicatriz do seu pequeno coração…e sabe que apesar disso ele bate…está vivo…e preenchido…mas ela solitária…Já que quem Alice escolheu…não acreditou que pudesse ser feliz ao lado dela…



Escrito por Sandra Costa